quinta-feira, 14 de julho de 2011

NOÉ PIAUIENSE

 
FIM DO MUNDO EM 2012 - A ARCA DE NOÉ (brasileira/Piauiense)

 
 
Um dia, o Senhor chamou Noé que morava no Brasil, mas precisamente em Teresina-PI e
ordenou-lhe:
- ANTES DE 21.12.2012 , 6 meses antes ,( NOVO FIM DO MUNDO) farei chover ininterruptamente durante 40 dias e 40 noites, até que o Brasil seja coberto pelas águas.

Os maus serão destruídos,
mas quero salvar os justos e um casal de cada espécie animal.
Vai e constrói
uma arca de madeira.
No tempo certo, os trovões deram o aviso e os relâmpagos cruzaram o céu.

Noé chorava, ajoelhado no quintal de sua casa,
quando ouviu a voz do Senhor soar furiosa, entre as nuvens:

- Onde está a arca, Noé?

- Perdoe-me, Senhor suplicou o homem.
Fiz o que pude, mas encontrei dificuldades imensas:

Primeiro tentei obter uma
licença da Prefeitura,
mas para isto, além das altas taxas para obter o
alvará,
me pediram ainda uma contribuição para a
campanha para eleição do prefeito.

Precisando de dinheiro, fui aos bancos e não consegui
empréstimo, mesmo aceitando aquelas
taxas de juros ...
O Corpo de Bombeiros
exigiu um sistema de prevenção de incêndio, mas consegui contornar, subornando um funcionário.

Começaram então os problemas com
o IBAMA para a extração da madeira.
Eu disse que eram ordens SUAS, mas eles só queriam saber se eu tinha um "Projeto de Reflorestamento " e um tal de
"Plano de Manejo ".

Neste meio tempo ELES descobriram também uns casais de
animais guardados em meu quintal..

Além da pesada multa, o fiscal falou em
"Prisão Inafiançável " e eu acabei tendo que matar o fiscal, porque,
para este crime, a lei é mais branda.

Quando resolvi começar a obra, na raça, apareceu o
CREA e me multou porque eu não tinha um Engenheiro Naval
responsável pela construção.

Depois apareceu
o Sindicato exigindo que eu contratasse seus marceneiros com garantia de emprego por um ano.
Veio em seguida a Receita Federal, falando
em
" sinais exteriores de riqueza " e também me multou.
Finalmente, quando a Secretaria  Municipal do Meio Ambiente pediu o " Relatório deImpacto Ambiental " sobre a zona a ser inundada, mostrei no mapa do Brasil, Piauí.

Aí, quiseram me internar
num Hospital Psiquiátrico!
Sorte que o
INSS estava de greve...

Noé terminou o relato chorando,
mas notando que o céu clareava e perguntou:
 

- Senhor, então não irás mais destruir Teresina?
- Não! - respondeu a Voz entre as nuvens
- Pelo que ouvi de ti, Noé,
cheguei tarde!
O governador Wilson Martins e o  prefeito Elmano Férrer já se encarregaram de fazer isso!
  AUTORIA: Nayara Suyanne

Crise Aeroportuária Brasileira

        
          Em Junho deste ano, no Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, uma equipe de seis pessoas da Confederação Brasileira de Karatê, que iria para a Itália onde participariam do Campeonato Mundial, esperava a mais de nove horas pelo embarque em uma aeronave da empresa AZUL.
          “Saímos de Campinas às 13h30min, sendo que o voo estava marcado para as 10h. Chegamos às 14h no Rio, já são 22h e não recebemos sequer um copo com água da empresa. Além disso, ainda não disseram quando iremos embarcar e se iremos embarcar hoje”, informou o atleta Romildo Rodrigues. A empresa declarou que os atrasos eram devidos ao mal tempo em Campinas, que teria atrasado os demais voos da companhia. Porém este fato é resultado de algo que vai muito além de um simples problema meteorológico.
           A crise aeroportuária vem sendo empurrada com a barriga ao longo de muitos anos. Em uma primeira análise pode se dizer que ela é resultado de uma demanda cada vez maior do número de passageiros e serviços operacionalizados nos aeroportos Nacionais, que não contou proporcionalmente com a devida expansão de investimentos no setor. Mas, somente isto estaria muito vago para analisar uma situação que reflete na verdade uma clara estratégia implantada pelo Governo Federal desde a administração de FHC.
          O estancamento dos investimentos deve-se ao mesmo fator observado na Saúde, na Educação e nos demais setores da gestão pública Brasileira. O sucateamento é apenas a ponta do iceberg, o que está encoberto é a intenção de privatização tão demonizada pela gestão Petista, usada como poderosa arma de ataque nas campanhas eleitorais, mas que se tornou sua maior prática pós-campanha. Em maio deste ano o então Ministro Chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, anunciou o início do processo de privatização dos principais aeroportos como saída para solucionar o problema do caos aéreo Brasileiro. A medida transferirá em primeiro plano para a iniciativa privada a administração dos três maiores aeroportos nacionais: Guarulhos, Brasília e Viracopos e posteriormente Galeão, no Rio, e Confins, em Belo Horizonte.
           Chega a ser vergonhoso pensar em um Estado que sucateia propositadamente os setores públicos para poder vendê-los a preços de banana a iniciativa privada. Infelizmente é desta triste realidade que padecemos em nosso país.
           Uma linha especial de financiamento já estaria sendo articulada pelo BNDES para atender aos grandes grupos estrangeiros, empresas aéreas e mega-empreiteiras que já se articulam para tomar o controle do setor aéreo de nosso país. Segundo o jornal O Globo, antes mesmo de divulgada as concessões, os grupos Camargo Côrrea, Andrade Gutierrez e Odebrecht já teriam constituído joint-ventures (parcerias) para gerir os aeroportos.
         Estudos divulgados pelo IPEA, revelam que em 2003 o número de passageiros que voavam no país era de 71 milhões. Em 2010 foi de 154 milhões, um crescimento de 117%. Esse mesmo documento constata que “apesar dos graves acidentes aéreos ocorridos em 2006 (GOL) e 2007 (TAM), que culminaram no chamado ‘apagão aéreo’, não houve uma reação do poder público em termos de reforço nos investimentos totais aeroportuários, que permaneceram estáveis no período (2006/2010).” Constata-se também que em 2010, dos 20 maiores aeroportos do país, 14 estavam em “situação crítica”, operando acima de sua capacidade. Como sempre a maior vítima deste jogo sujo chamado parcerias público privado (PPP’s) é a população, que atualmente é submetida a péssimos serviços prestados tanto por parte das empresas aéreas, quanto por parte dos aeroportos, e que, para ver uma possível resolução de tais problemas será onerada com o aumento das tarifas após a privatização do setor. Vale lembrar que falta pouquíssimo tempo para sediarmos uma Copa do Mundo e as Olimpíadas e continuamos empurrando nossos problemas para debaixo do tapete. Resultado do “desinteresse” de uma classe política que espelha o nível de consciência de nosso povo e o fracasso de nossa sociedade.
Fonte: Opinião Socialista